A convivência amorosa requer diplomacia. Mais do que a política a gestão relacional de um casal envolve a negociação, de quase tudo, ainda que não permanentemente. Mas a co-existência de dois seres sob o mesmo tecto e com o mesmo projecto de vida precisa de música, de uma melodia que inebrie e possa dar sentido às diferenças, às separações, aos ataques de individualismo.
Obras como “Les Indes Galantes” dão sentido e recompõem. Retemperam as forças vitais e fazem apelo ao que é essencial. Ingredientes necessários ao sustento da nossa alma.A música ou qualquer outro motivo de interesse comum, que funcione como objecto de partilha, alimenta o Amor, ajuda os dedos a viajarem à boleia dos olhos. E o Amor quando palpita faz atrasar os ponteiros do relógio.
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