Irene, o masculino-feminino
Nos anais da História consta que foi um
meteorologista australiano que, no começo do século XX, começou a dar aos
furacões nomes de pessoas comuns, especialmente daquelas que ele mais
detestava.
Em1979 passaram a ser usados também nomes masculinos. Hoje em dia, a Organização Meteorológica Mundial, com sede em Genebra (tantas organizações imprestáveis têm sede em Genebra!), é quem decide. Na verdade, nos últimos tempos, o que retemos são os nomes não masculinos – excepto no caso do singular “El niño -. Esta tendência constituirá uma benção maléfica, uma espécie de vingança ancestral depois de dois milénios de civilizações patriarcais?
Ou, pelo contrário, estaremos no advento de algo diferente, algo novo, testemunho de um mundo em transformação de costumes? Algo que leva à mistura de estereótipos, deitando por terra as ideias feitas do que tradicionalmente foi considerado como intrínseco ao masculino e ao feminino?
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