Comove a convicção quase espontânea de certos homens. É
tanta a assertividade com que falam que até parece que estão a dizer a verdade,
embora saibam que ao mentirem mais do que iludirem os outros estão a enganarem-se
a si próprios.
Veja o seguinte caso:
![]() |
In: Tumblr - "A verdade esconde-se onde menos se espera!" |
-Então quando
foi a última vez que ingeriu uma bebida alcoólica?
Gerou-se um repentino
silêncio, incómodo. Aqueles 3 segundos pareceram um eternidade:
- De vez em
quando...
-Não percebi o
que acaba de dizer. Explique-se e diga a verdade, seja sincero !
- Há uns dias
bebi um copito...
![]() |
In: tumblr - "Há cumplicidades e cumplicidades" |
(o olhar acutilante da esposa não confirmava esta versão
dominante. Mas ali a sua voz não contava para nada, se abrisse a boca já sabia,
ao chegar a casa ia comer das boas!).
-Hum...!
(A proximidade
física revelava que estava a mentir sem grande convicção. Havia a prova baseada
no olfacto: o seu hálito era
intenso e inconfundível, infestando o gabinete com um cheiro meio ácido e
contrariando as boas intenções da pessoa em causa).
Ele até se
aguentava de pé, não cambaleava. Dizia coisa com coisa.
!!!!Em
consumidores habituais de álcool, o sistema nervoso central ajusta-se
progressivamente à presença constante do tóxico (neuro-adaptação). Quando a
concentração do álcool no sangue é repentinamente reduzida, ao parar de súbito
com os consumos, já que o álcool é metabolizado muito depressa para que o
cérebro se ajuste, este vai reagir mal, fica irrequieto e hiperexcitado,
causando a síndrome de abstinência alcoólica que literalmente pode ser a morte do “artista”. É que a
abstinência alcoólica não é uma entidade uniforme. Varia nas manifestações
clínica e na gravidade. Os sintomas podem ir da simples insónia até ao perigoso
Delirium Tremens!!!!!
-...
-Prefiro os
maus hábitos...
Moral da
história: o Álcool não tem moral, não olha a meios para atingir os seus fins!
Outra
Bibliografia:
Analice
Gigliottia e Marco Antonio Bessab. Síndrome de Dependência do
Álcool:critérios diagnósticos.Rev Bras Psiquiatr
2004;26(Supl I):11-13.
Sem comentários:
Enviar um comentário