A som da Marcha Turca surge uma pergunta de
algibeira.
Sobre o medo da intimidade é possível afirmar que:
a) Nalgumas pessoas, deriva de problemas psíquicos
recentes;
b)
É explicado com base no Complexo de Édipo;
c) Provoca Disfunção Sexual apenas através da conflituidade conjugal;
d) Explica a existência de um sentimento de perda
da atracção sexual;
e)
Nenhuma das anteriores.
Quem
acertar recebe um doce! E, talvez, compreenda a essência do dia de hoje!
Por
entre as brumas da memória, dedico este post
a alguém que nos deixou, de seu nome Miguel Portas, que sob o manto diáfano da
retórica inflamada, tantas vezes forçada, de quem encara a actividade pública
como um exercício de estilo e um espaço para a afirmação de profundas convicções
e não tanto como um modo de estar nas relações interpessoais. Nele as palavras
encobriam um ser humano inconfundível, para a sua geração.
Hoje, dia
da Revolução dos Cravos, a sra da peixaria de um hipermercado disse algo do
fundo de si mesma: “Haja trabalhinho” - uma extraordinária frase, impregnada de resignação e de um certo
cheiro a desespero mal camuflado, que anda na boca de tanta gente, pessoas que
já nada esperam da vida a não ser um trabalho (porque ter emprego é mais
complicado!) e alguma saúde para ir andando...
Dos 3Ds da Revolução de Abril: “Descolonizar,
Democratizar, Desenvolver” falta cumprir, sobretudo, o terceiro D: Desenvolver!
Um conceito que, para ganhar fôlego, precisa de ultrapassar os critérios
financeiros que hoje em dia sufocam a vida colectiva. Precisa, por exemplo, de
estar presente em políticas coerentes para defender as famílias, organizando os
horários de trabalho de forma a que as pessoas possam estar juntas ao fim do
dia, encontrar-se em casa, partilhar uma refeição e conviver. Afinal, a
felicidade está presente nas pequenas coisas…