terça-feira, 11 de outubro de 2011

O despedimento

Aquela boca aberta acabou de dizer: “Ontem perdi o emprego!”.
Sôfrega de cumplicidade, a boca continua aberta.
Este ano o calor não se vai embora. Quando vier o frio, vou ficar em casa a beber chá de tília e a escrever histórias de amor porque, às vezes, o coração dói-me dentro da cabeça.
Sobretudo, quando não tenho paz na vida e as mãos tremem de frustração.
E, ao escrever, é possível que descubra um pinguim, ali, muito nítido, ao pé de mim.

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