segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Clube de leitores: 1º Parágrafo: As Meninas

Clube de leitores: 1º Parágrafo: As Meninas: Sentei na cama. Era cedo para tomar banho. Tombei para trás, abracei o travesseiro e pensei em M.N., a melhor coisa do mund...

Disfarçar, enganar, fingir: fazem parte da sedução?

  

O cinema é pródigo em encenações.
Mas para nossa alegria muitas dessas ficções retratam, pelo menos, uma parte da nossa realidade.

Este vídeo, extraído de um conhecido filme, ajuda-nos a reflectir se, de facto, os homens não serão mesmo de Marte e as mulheres não serão de Vénus, ou seja, se não temos na verdade formas distintas de ver o mundo e, neste caso, particular a Sexualidade...

A um outro nível serve para reflectir sobre o papel do fingimento nas relações humanas.
Um das coisas que desvirtua o comportamento da nossa espécie diz respeito precisamente ao fingimento, à falta de naturalidade e  de verdade em muitas das nossas respostas, em múltiplas situações! Seja na sexualidade, na vida familiar, no local de trabalho ou em todas as outras actividades sociais, que envolvam o relacionamento interpessoal.
Tantas vezes, não somos naturais, evitamos ser verdadeiros e autênticos.
Ao fazê-lo estamos a enganar os outros e, em última análise, estamos a enganar a nós próprios.

-Ele passou por mim e sorriu-me!
Dar um sorriso, com o máximo de naturalidade, às pessoas com quem nos cruzamos na rua, nos elevadores, ao chegar ao trabalho e em todo o lado.
Se fizermos isto estamos a dar um primeiro passo para combater a falta de verdade nas relações humanas.

Que este seja um desejo para 2013!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

E se a Verdade estiver prisioneira do Céu?

 


Nos últimos dias alguém desdobrou-se a dar entrevistas a diferentes órgãos de comunicação social. Veio a descobrir-se que o suposto especialista afinal nunca teve nada a ver a com a ONU.

O fascinante desta história é que a pessoa em causa sabia comunicar, conseguia encantar e, acima de tudo, dizia coisas muito sensatas, a sua argumentação estava imbuída de uma racionalidade acima de qualquer suspeita.
O caminho que ele nos traçou é que Portugal precisa de seguir para sobreviver à catástrofe que se apoderou do nosso modo de vida. Mas ele era falso! Não representava nada nem ninguém... Diz-se que à mulher de César não basta ser honesta, também tem que parecer. Este Sr. pareceu muito bem mas não era a sério. E no extraordinário fingimento da sua pessoa conseguiu contar a verdade.
Estamos prisioneiros do Céu, que por linhas tortas...
Como no Natal precisamos do encantamento da Verdade, venha ela donde vier, venha até dos tolos, dos defeituosos e dos charlatães!

domingo, 23 de dezembro de 2012

À procura do Natal: quem o encontrar recebe um prémio!

    

 
Há frases que nos perseguem como meigos cachorrinhos. Nesta altura do ano diz a tradição que devemos enviar votos de Boas Festas e de Prosperidades aos amigos e aos conhecidos.
E, de preferência, a frase, bonita e encantatória, deve acompanhar um objecto mágico, um presente, que supostamente ficará guardado no coração de quem o recebe, por força do simbolismo da época!
É como se tudo isto fosse uma espécie de painel de instrumentos para uns momentos de felicidade formal, necessária e politicamente correcta.
Mas o Natal que nos rodeia não é simples e intuitivo com um iPod.
Pode ser burrice mas não consigo adivinhar o conforto e o bem-estar nos que me rodeiam, mesmo no lado debaixo do Equador onde o desenvolvimento económico vai de vento em popa, onde não há sinais da Crise!
Não temos motivos para Festas…
Ai Natal, Natal, onde estás?
Não é fácil acreditar na felicidade quando 100.000 portugueses estão a emigrar todos os anos.
Não é fácil acreditar na felicidade quando Portugal tem uma das piores taxas de Natalidade em todo o mundo.
Ai Natal, Natal, onde estás?
Um respeitado cidadão pode fazer vigarices repugnantes e no mesmo dia ir a uma Igreja rezar pela alma dos seus entes queridos. Afinal, o pudor sempre foi uma figura de retórica e há, cada vez mais, descendentes de Maquiavel…
Os jornais relatam histórias de carnificina de crianças, actos pretensamente tresloucados?
Ai Natal, Natal, onde estás?
Em diferentes momentos históricos, o niilismo associado aos acontecimentos desagradáveis, ao desespero, empurra-nos para as interpretações mais pessimistas, tudo mete nojo.
Nos tempos que passam, os vaticínios das Profecias Maias e outras visões milenaristas alimentam os inconscientes colectivos. Deus nos acuda, a Pax Romana está prestes a acabar, sem Honra e nem Glória, vem aí o fim do Mundo!
Aliás, a evidência dos factos dá credibilidade à descrença e às dúvidas que se vão apoderando dos cidadãos: predominam as forças destruidoras, os recursos naturais estão a escassear, os equilíbrios ecológicos é o que se sabe (o Clima começou a revoltar-se!); o emprego para toda a vida está a tornar-se numa miragem; o Estado Social ao desmoronar converteu-se num objecto de estudo; perderam-se as Utopias.
Algo está mal na espécie humana, enquanto comunidade organizada… A lógica do Crescimento sem sentido está a levar à implosão do Planeta Terra…
Ai Natal, Natal, onde estás?
O Natal não estará certamente só nos abraços mandados por email e nos sms com frases de conveniência. Talvez, o Natal ande por aí onde menos se espera.
Não sei se o Céu também precisa de cães mas o convívio com os diferentes grupos não humanos que povoam este Planeta, como é o caso dos canídeos, ainda dá para sustentar uma réstia de Esperança na natureza humana.
Se calhar, à força de tanta convivência com o Homo Sapiens os ditos animais domésticos acabaram por herdar o que de melhor nós trouxemos para a superfície da Terra. Bem hajam!
Paz e Harmonia! Feliz Natal!

sábado, 22 de dezembro de 2012

O Mundo nasce pequeno: as crianças do nosso contentamento

Made by: CCP, 2012

Frases amargas, sem querer

O que se diz pode ter um sabor agridoce por muitas razões.
 
Ou porque é ácido na sua intencionalidade.

Ou porque produz esse efeito como dano colateral, embora o seu autor não pretendesse infligir qualquer dano.

É o que acontece num parágrafo da crónica “Homens cheios de si mesmos” publicada no jornal i
 deste sábado. 

A páginas tantas diz o seu autor: “O amor implica uma livre submissão do eu ao outro. Uma dinâmica sem garantia alguma de sucesso, mas que esvazia o eu de si mesmo, e das coisas, abre espaço para a coragem da alegria, e, por ela, à felicidade.”

Redondo vocábulo, mensagem ineficaz!

domingo, 16 de dezembro de 2012

É a vida!

-É esta uma frase que alguns pronunciam ao saber que alguém acaba de morrer. Banal e resignada, a expressão acantona a morte à fatalidade, o que não se pode controlar. 

É o ter que ser, como se a morte fosse uma espécie de chama insanável, pútrida, que consome a vida, arde, arde até que consegue destruir tudo à sua volta, transformando a existência numa terra de ninguém: é o efeitoNaplam

Digam o que disserem, com a destruição biológica há um ponto final. Acontece a irreversibilidade de um vasto conjunto de fenómenos que vão terminar, a saber:
  1. o funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos;
  2. o fluxo espontâneo de todos os fluidos, incluindo o ar (“último suspiro”);
  3. o funcionamento do sistema cardiovascular e dos pulmões;
  4. o funcionamento espontâneo de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral (morte encefálica);
  5. o funcionamento completo das porções superiores do cérebro (neocórtex);
  6. o desaparecimento da consciência. 

Reconhecendo o à vontade com que se apresenta, a morte é sempre o eterno retorno aquilo que é essencial. Como o tempo, a morte precede o Homem, independe dele, estabelece a impossiblidade do Homem imaginar um tempo em que ele não esteja presente.

Custa admitir mas, em termos biológicos, só a morte existe (existenz).

Mas ultrapassando esta visão niilista e repondo Jean-Paul Sartre (1905-1980) no centro do pensamento Ocidental, é legítimo admitir que a morte é um mero facto, algo que acontece. A frase “todo homem é mortal” tem o mesmo significado que “todo o homem é natal”, isto é, a morte não será necessária para o indivíduo assim como não foi necessário que ele nascesse. O nascimento é um facto em tudo idêntico ao da morte. São ambos factos ocasionais — podem ou não acontecer — e quando acontecem fazem, respectivamente, aparecer e desaparecer o indivíduo do palco do mundo.

Da perspectiva clínica é Heidegger que tem razão.
Com a morte, o olhar deixa de  AMAR  a COISA AMADA. 
Por isso, compreende-se que Heidegger ressalte o sentimento de angústia do Homem perante a morte. Há a perda! A famigerada perda está sempre presente
A angústia da morte é algo que altera tão radicalmente o Homem que o transforma num desafio, o único ser autêntico, o único ser individual, o único ser realmente mortal. 
Porque, no fundo, a maior morte é a dos que ficam, os que sobrevivem à partida definitiva de um ente querido, e não sabem o que vão fazer com o seu desaparecimento, como continuar a navegar depois da sua inexistência.
IN: Tumblr

 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Este homem vai dar à luz!

   

O repúdio da realidade nunca está na relação directa da sua compreensão. Perceber ajuda a modificar. 
As nossas convicções acerca da Biologia são certamente mais poderosas do que as certezas da própria Biologia.

Calentamiento mutuo por frotamiento con lubricante a temperatura moderadamente alta.




Cognitivo é uma palavra que vem do latim (este explica tudo que envolva as mordomias do saber, científico ou qualquer outro supostamente académico).

O saber quando apenas envolve os sentidos denomina-se conhecimento empírico.
As armas do Amor serão sempre vulneráveis porque precisam dos sentidos...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Alma existe? Revista Cult » Jornada da alma



Na concepção Alma vemos a História da própria Humanidade e as concepções engendradas para entender o Homem em si mesmo, muito mais do que um caminho para chegar à Divindade. 

A Alma reproduz-nos...
 

A alma de uma época sem alma, o desencanto de um mundo sem encanto, o retorno de um destino que nunca aconteceu.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Binge Eating - quando a comida toma conta de nós e nós não sabemos a quantas andamos


Num bom filme épico, do género “A última Legião”  corro sempre o risco de me identificar com os bons da fita, talvez por impregnação excessiva de livros de cowboys, numa  certa fase da Infância. É uma reacção visceral, incontrolável, embora se saiba que, tantas vezes, os “bons” não fiquem bem na fotografia e que dos fracos não reza a História. Esta propensão para a benevolência surge incontrolável, qual automatismo inconsciente para mitigar os desejos acumulados.

Mas o caso muda de figura quando se fala de compulsividade. Não é fácil sentir empatia com esta gente. O compulsivo está senhor do que faz, encontra-se lúcido, pode optar, escolher entre o que acha que deve fazer, mesmo que desnecessário, irrealista ou não compreensível e aquilo que os que o rodeiam (a cultura dominante naquele momento histórico!) consideram como aceitável em relação a determinado comportamento. Ele está consciente do erro ou da desnecessidade do seu acto, mas mesmo assim acaba por “pecar”, não se aguenta e pumba lá repete o automatismo, seja lavar as mãos um montão de vezes sem qualquer justificação plausível, seja verificar se as portas estão bem fechadas, seja comer que nem um desalmado. Come só evitar que a ansiedade não o destrua. Ninguém é Binge Eating só por prazer. Comer a torto e a direito, sem fome ou sem desejo de saciação, não dá gratificação nenhuma. Enche a barriga e mais nada. A  pessoa em causa sabe que está a fazer mal mas não consegue parar e para evitar um sofrimento está a despoletar um outro. A princípio estranha-se mas depois entranha-se, deixa-se levar porque acha que não remédio. E paulatinamente vai escrevendo a sua própria destruição.
São Jerónimo escrevendo, 1605-06, Galeria Borghese, Roma (http://artemazeh.blogspot.pt)
  Apesar de se ouvir falar menos dela, o “Binge Eating” é, tal como a Bulimia e a Anorexia Nervosa, uma doença do comportamento alimentar. É uma doença caracterizada pelo consumo exagerado de alimentos, que contribui para uma ingestão excessiva de calorias.Carne, batatas, glúcidos em grandes quantidades e tudo o resto serve para alimentar o seu desespero.
Os comedores de batata  Vincent van Gogh (http://artemazeh.blogspot.pt/search/label/Van%20Gogh)

Estas pessoas costumam comer, num curto período de tempo, uma quantidade de comida muito maior do que o comum dos mortais comeria em situações equiparáveis.
O Binge Eating é frequente nos indivíduos obesos. Pois, eles é que têm a má fama e o muito proveito entre as perturbações do comportamento alimentar. Olha-se para Anorexia Nervosa com como um infestação, algo de estranho, um acesso de loucura. Coitadinha, era tão bonitinha mas passou-se e ficou esquelética!
In: Tumblr
  
Enquanto isso, o obeso militante é alguém como nós, cruzamo-nos ele todos os dias. O  que o distingue dos ditos “normais”, os que não são estigmatizados pelo pensamento dominante, é que ele (ou ela!) vai-se borrifando para a realidade e faz do seu estômago o centro do mundo.  Não que viva em função das vísceras, por força do seu masoquismo empedernido, mas porque não tem mão nas suas emoções. As tristezas e as ânsias incontroláveis tornam  vulneráveis estas pessoas. A sua maior fraqueza está nos afectos, 50% dos comedores compulsivos (Binge Eating) com obesidade também apresentam sintomas compatíveis com Depressão, enquanto que apenas 5% dos obesos mas sem Binge Eating são deprimidos. Como uma testemunha-chave, qual Adágio de Albinoni, o desconsolo emocional, os recalcamentos, a frustração e o desânimo vão assistindo ao assalto às calorias. Assistindo mas com culpas no cartório!   
Os principais sintomas da doença (é verdadeira patologia e não apenas uma variante da normalidade ou uma mera bizarria) são os seguintes:
  • comer muito mais rápido do que o habitual;
  • comer até estar muito cheio;
  • comer grandes quantidades mesmo não sentindo necessidade de comer;
  • sentimentos de repressão, culpa depois de comer.
Este tipo de distúrbio tem de semelhante com a bulimia a elevada ingestão de alimentos mas, ao contrário desta, o doente Binge Eating não provoca o vómito.  Muitas pessoas que sofrem desta compulsão alimentar passaram por grandes oscilações de peso.

Tratamento
A maioria dos indivíduos com este distúrbio são tratados com programas convencionais de perda de peso utilizados no tratamento da obesidade, os quais dão pouca atenção ao comer compulsivo (Binge Eating).
 A maioria dos indivíduos aceita a situação porque estão mais preocupados com a obesidade do que com o Binge Eating.
 Os tratamentos específicos para o comer compulsivo baseiam-se no tratamento da Bulimia Nervosa. Eles incluem a psicoterapia e o tratamento por medicamentos. Pelo que se sabe, no cérebro destes compulsivos possivelmente haverá baixos níveis de serotonina, um mediador químico que tem uma importância fundamental em diversos estados de humor e que está envolvido em diversos transtornos psiquiátricos, entre eles o da compulsão alimentar ou Binge Eating.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Afinal, os homens preferem as loiras?



Das pessoas, o rasto acaba por condicionar a percepção

Mesmo sem querer, esquecemos a sua essência. 

E, afinal, é para isso que existimos. 
No doce encantamento das palavras esta mulher encontrou refúgio para as máscaras que a cobriram nos vários papéis que representou.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Luso Mater


A empresa Luso Mater vende produtos genuinamente portugueses, simples, funcionais, bonitos. 

Que ajudam a introduzir o bom gosto no quotidiano e melhoram uma certa qualidade de vida, aliando a tradição com as estéticas mais recentes. 

Merecemos que este projectos se multipliquem.

Clube de leitores: Heteronímia, Fernando Pessoa e Licor Beirão!

Clube de leitores: Heteronímia, Fernando Pessoa e Licor Beirão!: Heteronímia: do grego heteros = diferente; + ónoma = nome. É caso para perguntar: o que têm Fernando Pessoa e o Licor Beirão em comum? M...

Por trás de um nome escondemos uma realidade. Um nome serve para nos confundir com a realidade.