segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Trailer Oficial Português - ADORO-TE... À DISTÂNCIA



Erin e Garret conhecem-se, uma noite, num bar e acordam juntos na manhã seguinte. Ambos sentem uma enorme química, mas pensam que será apenas um romance de Verão, dado que Erin voltará para San Francisco e Garret ficará em New York. Contudo, as seis semanas seguintes que passam juntos revelam-se fantásticas, e nenhum dos dois quer separar-se um do outro. A relação começa a desenvolver-se e o casal tenta a todo o custo suportar a distância que os separa, porque podem ter encontrado o amor...
Esta é sinopse mas no filme há uma frase esplendorosa que diz muito da falta de intimidade e de investimento de parceiros conjugais para que a respectiva relação possa dar certo. Uma das personagens vira-se para o seu marido e comenta o facto de Garret oferecer flores a Erin:
- Por que é que tu não fazes o mesmo?
- Porque vivemos juntos...
Palavras para quê, está tudo dito: são as ideias feitas que corroem as relações amorosas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O passado é só sépia?


MFF 2012: Uma cor ou várias cores em cada passado?

    - Ao abrir as portas do passado corre-se o risco de nos cruzarmos com o destino.
    Esta é uma das tais frases vulgares e pretensamente bem  intencionadas (efeito auto-ajuda mais ou menos encapotado) que podemos encontrar nas páginas de uma qualquer revista cor de rosa, na rubrica consultório ou como artigo de divulgação pseudo científica.
     Noutros casos, é uma frase que pode ornamentar a primeira página de alguns livros que embalam almas serenas.
    Como mensagem é uma frase que corre o risco de pintar a nossa Infância e a Adolescência com cores nem sempre claras e transparentes. Mas citando Ortega y Gasset, justifica-se que a idade adulta possa ser a Infância fermentada. Em todas as Infâncias e em todas Adolescências não há só demónios e traumas. Nem todas foram idades redentoras. Isto porque com a passagem do tempo e sempre que olhamos para trás confundimos ideias com a paixões (Proudhon).


domingo, 21 de outubro de 2012

Os homens ainda querem casar?

Este vai mesmo CASAR!!!!!!! (in:  site papodehomem.com.br)

 
    
   Há alturas em que dizemos adeus a uma data de coisas. Uma das que mais custa largar é a Juventude, essa efémera companheira que nos pisca o olho numa certa fase da vida, aquela em que somos o centro do mundo, transbordamos energia e saúde. Nessa fase do ciclo vital passamos a influenciar tudo, ou quase tudo, que nos acontece e temos que tomar algumas decisões... É o caso de saber se vamos dar o nó com alguém, encontrar a nossa alma gémea para juntar os trapinhos e constituir uma nova família, pondo em prática ou, pelo menos, tentando, esforçando-nos para concretizar alguns sonhos antigos e, dessa forma, fazer a diferença face à nossa família biológica.
    Regra geral, nesse momento surge a questão: como escolher alguém para partilhar a existência? Como ter sucesso nessa escolha? O que leva as pessoas a casarem ou a criarem laços conjugais?
   Provavelmente existem vários filtros, que vão participando no processo de escolha. Mas nas escolhas conjugais as influências externas ao indivíduo, para o mal e para o bem, são determinantes.
   A título meramente exemplificativo podem-se apontar as seguintes motivações:
·       A importância das relações precoces, ou seja, aquilo que se teve (ou não!) na Infância e na Adolescência. O modo como as vivências iniciais, com os adultos que então nos rodearam, modelou a nossa vida psicológica vai influenciar as escolhas que faremos uns anos mais tarde.
·      Um antídoto à solidão. Nalguns casos, a opção de viver com alguém decorre de uma necessidade muito concreta: não suportamos a solidão! Esta torna-se desconfortável quando o indivíduo tem de estar sozinho e se acompanha por um sentimento penoso de desamparo. Por conseguinte: a percepção de estar sozinho, o sentimento de desamparo e a necessidade irremediável de alguém  são os três elementos constitutivos da solidão, interpenetrando-se e misturando-se. E são eles que levam algumas pessoas a procurar alguém, mesmo abrindo mão de algumas convenções (sociais ou outras).

·      O nível educacional: A literatura científica explica que a educação é um factor importante na escolha do parceiro conjugal em muitas sociedades. Assim, nalgumas situações os graduados universitários preferem casar com pessoa do mesmo nível académico ou com mais graduação(sobretudo as mulheres): as competências académicas associadas ao poder económico. Koehler (2005) predicted that female undergraduates may have a stronger preference for partners who are college graduates to non college graduates while male undergraduates indicated that it is not too important that their partners should be college graduates (procurar esta citação nalguns motores de busca, como é o caso do Google). É como se as mulheres fossem mais permeáveis à importância do estatuto social.
·      A influência da família biológica (casamentos arranjados): a escolha de alguém sem um contacto prévio. Por exemplo, nalgumas aldeias chinesas a noiva e o noivo se encontram pela primeira vez no seu dia do casamento. Em alguns casamentos hindus de casta superior, as crianças são prometidas em uma idade muito jovem e não têm escolha na decisão. Numa forma menos extrema de casamento arranjado, os pais podem fazer a escolha mas os interessados têm direito de veto. Numa modalidade extrema de casamento arranjado, por ex: nos Yoruba na Nigéria, o casamento era combinado antes da noiva nascer.

    Pensar, de forma categórica, que “hoje em dia os homens já não querem casar” é um risco não calculado. É uma meia verdade, que não se pode generalizar a todos os homens e em todas as circunstâncias. Convém perceber que o que está em jogo prende-se com uma união estável entre duas pessoas, que envolve a cohabitação ou o casamento, e que decidem constituir família em plena comunhão de vida. É, por aproximação, esta a definição de relação conjugal que vamos encontrar na maioria dos Códigos do Processo Civil, na cultura ocidental. E, por natureza, este tipo de relacionamento, à semelhança de todas as outras relações humanas acarreta riscos, nem sempre, fáceis de serem geridos por todos os que a eles se aventuram. Citando os versos de uma canção do último disco de Sebastião Antunes dos “Quadrilha”, (procurar igualmente, por ex: no youtube): “Sei que a vida não nos dá tudo(...)/O tempo enche as coisas de poeira/ Mas não as muda de lugar”. Ao ouvi-la percebemos que nos relacionamentos conjugais quando as pessoas querem mesmo essa opção de vida, ela acaba por acontecer e depois é o risco de viver e construir o dia a dia, com fracassos e êxitos, (muitas) tristezas e (muitas) alegrias.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Há pesadelos onde menos se espera

O nosso corpo é tramado. Por muito boa vontade que se tenha, essa matéria orgânica a que chamamos de corpo não é passível de controlo sistemático e, tantas vezes, se rebela, fica indignado!

Casamentos não Consumados

   Há livros em que podemos dizer como num determinado, filme que “Nem contigo nem sem ti”. São livros que nos deixam indiferentes, que não conseguem tocar a nossa vida. Cheiram a mofo pelas ideias que transmitem. Não são capazes de inovar. Ao lê-los, ficamos com uma insuportável sensação de “déjà vu” ou de “déjà vécu”e, neste último caso, a coisa complica-se, o que é mais grave, porque tudo se repete num tédio que incomoda as sinapses cerebrais. Tudo se replica embora desfasado no tempo. Nos livros mais do que a falta de criatividade devia ser proibido o plágio das vivências, que dá azo à manipulação dos afectos envolvidos e à descaracterização das pessoas.
    Noutros casos, o livro não funciona por falta de impacto. Ou é a capa que não desperta interesse ou é a primeira página que está mal estruturada, as ideias surgem atropeladas, organizadas sem sentido, o que gera confusão no leitor. Há primeiras páginas que valem por mil imagens. E como todos sabemos a nitidez da imagem é um dos ingredientes que ajuda criar a qualidade da fotografia.
   Num grupo à parte temos os produtos de excepção, aqueles que perduram no tempo, graças à qualidade indelével, fina e requintada do autor ou dos autores. Neste categoria de eleição coloco o mais recente livro de Léon Roberto Gindin e Cristina Tânia Fridman, dois prestigiados clínicos e psicoterapeutas argentinos. É um livro que nos fala sobre casamentos não consumados. Trata-se de uma Edição da Paidós (Argentina). 
   Num mundo impregnado por sensações, de todo género, pode parecer quase contranatura  haver casais que não concretizam o acto sexual. As razões são múltiplas, desde as causas médicas (orgânicas ou psicológicas), passando pelos motivos educacionais e religiosos. Quando geradores de mal estar estes casamentos (atípicos?), em si mesmos, provocam doenças, destroem sentimentos e afastam os membros do casal, através de saturação e da incapacidade para lidar com o problema. Ninguém fica intacto!
   Os autores, num estilo muito literário e profundamente humano, relatam-nos várias histórias clínicas, ajudam-nos a perceber o que pode e deve ser feito. Nestes casos, cruzar os braços anula o Amor que une aquelas duas pessoas. Assim, mais do que o problema existente o que mata um casamento não consumado é a falta de comunicação e a incapacidade para pedir ajuda.
   Este é um livro que cativa e encanta desde a primeira página. Devorei-o parcialmente num viagem de avião de 10 horas, mitigando os efeitos do jet lag.
   Recorrendo, de novo, a um título do imaginário Hollywoodesco, atrevo-me a sugerir que este livro é dos que ficam “Para sempre, talvez”.

domingo, 14 de outubro de 2012

Sexualidad positiva: Desvincularse

Sexualidad positiva: Desvincularse: .. ."no puedo más", “ya no sé qué más puedo hacer”, "es imposible" "así no podemos seguir", "ya nada nos une", "somos como dos extraños", ...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

365 coisas para melhorar vida conjugal Começar pelo que é simples!

MFFL 2012

É relativamente fácil tentar adivinhar se um determinado casal se formou há pouco tempo, calcular a sua duração.
Nesta, como noutras circunstâncias, são emitidos sinais exteriores. Algo sobressai, destaca-se face ao que os rodeia! Quase sempre nestes casais em início de relação existe proximidade física, os corpos estão perto, com grande à vontade, as mãos tocam-se, as carícias são partilhadas, sem constrangimento, não interessa quem olha ou quem está por perto, o importante é transmitir o que se sente pelo outro… Com o passar do tempo mas sem relação directa com o tempo esse envolvimento físico vai-se perdendo, tantas vezes sem razão aparente.
  - A distância é uma treta - afirmava alguém que percebia de negócios -.
Por muito falaciosa que seja a sua força, a verdade é que a distância, física ou mental, faz um mal dos diabos à vida dos casais.
Daí que um primeiro gesto para retemperar a vida conjugal passe, antes de mais, pelo envolvimento sensorial, a cumplicidade do olhar, o toque não descomprometido do cabelo ou do pescoço do cônjuge, o carinho físico, aquela ternura que se dá quando menos se espera. Sabe tão bem!
Recomenda-se:
    - A Ternura também ajuda a arranjar a vida!

domingo, 7 de outubro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O problema da culpa na desgraça das atitudes individuais



In: PapodeHomem

Todos conhecemos na vida real gente como nós, que daria uma excelente personagem de um conto ou de um romance, já para não falar das telenovelas. E há figuras de uma qualquer ficção que, em tantas ocasiões, dá vontade de transpor para a realidade. Esta, a desconcertada vida de todos nós, é que complica tudo porque faz as coisas acontecerem, tantas vezes, com uma precipitação que escapa à compreensão dos mais bem intencionados.
Há momentos, em que no palco da vida pode parecer que somos vítimas das circunstâncias, que tudo decorre de uma vontade que não a nossa, imposto ao contrário da nossa vontade.  Às vezes, é melhor assim! Espera-se que tudo aconteça sem um gesto voluntário. Nós não estamos lá. Não estamos implicados. Assim, quando nos excedemos e dizemos ou fazemos coisas inaceitáveis (à luz dos padrões habituais) é o “outro” que intervêm. Nesta concepção, o mal só pode vir de fora ou, então, é a consequência da revolta de um recanto tresloucado do nosso ser.  É aquela parte “maligna”, que habita na nossa pessoa, quem actua e que insistimos em não assumir como sendo o nosso Eu. O que é curioso é que a tempestade, por muito violenta que seja, aparece sempre no mesmo sítio onde antes predominou a bonança. O lado mau da vida é feito da mesma matéria prima que a virtude. Não há vício sem pureza.