Quem vê rostos vê corações! Em tempos de crise estamos a desaprender de sorrir. A delicadeza deixou de ser relevante. Tristezas não pagam dívidas mas, basta olhar à nossa volta, a melancolia está apoderar-se de todos, em particular, dos nossos idosos: também este país não é para velhos?
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
As Varinas e o "Objecto" Artistico
http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=12055
Mas ainda bem que as Sras. peixeiras mostraram que
em Portugal há alguém que é capaz de se revoltar, tanta a docilidade
(domesticação?) com que os nossos compatriotas convivem com o desespero social
provocado pelos erros dos políticos. Grandes heroínas! Um clamor nunca fez mal
a ninguém.
Ode para um ente querido numa tarde de Outono!
Passamos a vida a reivindicar espaço dentro das relações. “Dá-me espaço se não sufoco!”
E quando surge a Morte? Fica o espaço todo e não sabemos o que fazer com ele.
Morrer é deixar partir... para o nunca.
Morrer é não partir com a pessoa que desaparece. Ficar por ela, mas já sem ela, com a seiva das estrelas e uma fome de esperança.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Oscillatory Thoughts: Self-stimulating the brain for heterosexual sex with a prostitute. Seriously.
Oscillatory Thoughts: Self-stimulating the brain for heterosexual sex with a prostitute. Seriously.
O pseudo-admirável Mundo Novo está à nossa espera, é tudo uma questão de tempo?
O pseudo-admirável Mundo Novo está à nossa espera, é tudo uma questão de tempo?
Café com Shandy
Os livros provocam sensações contraditórias. Tal qual como os escritores. Entretanto, ouvi-los falar sobre o processo da escrita, desvendando aquilo que pensam, numa conversa amena à volta de uma mesa de Café, tem um encantamento tão íntimo, tão desassombrado, que só o Outono nos pode conceder...
Amor e Distância Física
NATIONAL GEOGRAPHIC PORTUGAL
Cortejar ou não cortejar eis a questão?
Afinal, as estratégias de sedução correspondem a uma aquisição evolutiva, as plantas que o digam...
sábado, 24 de setembro de 2011
Cinco bons momentos para você perceber a base da relação | Portal Homem
Cinco bons momentos para você perceber a base da relação | Portal Homem
É da tradição clínica dizer-se que todo o relacionamento amoroso deve assentar em 5 pilares:
1) A complementaridade
2) A flexibilidade
3) Suporte emocional
4) Capacidade de comunicação e de resolução conflitos
5) Atitudes positivas.
A insustentável leveza da felicidade de um casal é só isto?
"How To Be A Man?" Tales Of Mere Existence
História de uma esplendorosa existência? O cromossoma mais vulnerável?
Uma espécie em vias de extinção? Um primata que já foi o macho alfa? Ou um maravilhoso mundo novo?
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
As vacas da Graciosa
Ruminando a frase de Cavaco - Opinião - DN
Numa viagem protocolar aos Açores, Sua Exª o Sr. Presidente da República registou o sorriso das vacas da Ilha Graciosa. “Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto que começava a ficar verdejante”, assinalou o Professor Cavaco Silva. Desconcertante? Talvez não...
Nos acasos da mãe Natureza inaudita e singular é a dificuldade dos humanos para mudar de hábitos (quando estes são ineficazes!), para reciclar as rotinas e introduzir algo de novo nos comportamentos usuais (por exemplo, os que adoptamos com os colegas de trabalho ou com a pessoa amada). Mesmo que a evidência dos factos mostre, à saciedade, que um determinado padrão de funcionamento só traz problemas e conflitos, o mamífero humano resiste estoicamente a qualquer inversão de rumo. É preferível reiterar no erro a arriscar a novidade, a lançar-se na aventura de uma solução diferente. Estruturalmente somos conservadores. Por isso, erramos, tantas vezes desnecessariamente.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
O Esplendor na Relva: viva a doença mental!
Pessoas frágeis forçam o aparecimento de casais
disfuncionais e infelizes? Nem sempre, mas o risco existe, acaba por ser
inevitável. Sobretudo, quando o stress exterior ao casal desaba sobre a
estrutura familiar ou se um ou os dois membros do casal transportam consigo uma
elevada sobrecarga psicopatológica. E, nalgumas circunstâncias os dois factores
de risco (o externo e o interno) coexistem. Quando tal acontece, temos um
verdadeiro “caldo de cultura” para a infelicidade daquele casal. Um autêntico
esplendor na relva que favorece o despoletar da doença mental!
O que acaba
por ser altamente mórbido tem a ver com a persistência dessa fragilidade,
acumulada com os anos. Ninguém faz nada para mudar nada: até parece que as técnicas de Desenvolvimento Pessoal não merecem ser postas à prova. Quanto mais intrinsecamente antiga, mais irredutível se apresenta a dificuldade. Está-se mesmo a ver que aquilo
vai dar para o torto. As pessoas teimam em repetir os mesmos erros. As armas são conhecidas: os caprichos, os amuos, as lutas
de poder, as agressões verbais, a choradeira apelativa, o papel de vítima. A
culpa é sempre do(a) outro(a)!
Por detrás do
mal-estar individual podemos encontrar o medo. Sem uma justa medida, instala-se
o medo de ser abandonado ou de ser atraiçoado...O medo de não estar à altura
das exigências dele ou dela. De não o (ou a...) conseguir satisfazer. O medo de
ficar dependente. O medo de perder poder.
Até que ponto os nossos medos são influenciados pelo Género? Homens
e mulheres reagem de forma distinta? Dito de outro modo, mais tendencioso: perante
uma situação exigente os homens irritam-se e as mulheres assustam-se? E “Fear is a matriarchy; fear is passed down through mothers”? Um post
de um dos Blogs da revista Psychology
Today (http://www.psychologytoday.com/node/74901: Are Women's Fears Different from Men's Fears?) ajuda-nos a
reflectir sobre esta disparidade.
PS: o Verão vai-se embora, custa acreditar... Ao de leve, foi prolongando a sua presença no mês de Setembro. Encantou e mostrou que há Esperança para além da Troika! Basta acreditar e transformar alguns dos (pequenos) gestos do quotidiano, aqueles gestos simples que fomos capazes de descobrir na arte do Mestre Júlio Resende que hoje se despediu da vida... Bem haja pela sua obra!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Saudades do Futuro
Oxalá que num futuro, não muito longínquo, o comum dos cidadãos redescubra e passe a ler, com regularidade, livros como a “Arte de Amar” de Ovídio, uma obra irresistível, de leitura obrigatória, verdadeira cartilha para a sedução e a convivência de pessoas adultas.
Os tempos que passam assustam, de facto! A crise económica é apenas uma parte do problema. Os interstícios da vida comunitária também estão em sofrimento, ainda que não assumido, porventura, por estar na moda apregoar a liberdade pessoal como um valor absoluto e inquestionável. Uma das áreas em que é evidente a disfuncionalidade prende-se com a partilha da intimidade. Preocupa a facilidade com que as pessoas “acasalam” (sabendo que o casamento é entendido por instituição decrépita, em vias de extinção): passam a coabitar, assumem as responsabilidades inerentes ao quotidiano de qualquer família e, passados uns tempos, têm filhos. Tudo bem, este é o ciclo natural de qualquer família, existam ou não os laços do “sagrado matrimónio” ou um papel do Registo Civil. A vida em comum, a formação de casais é uma realidade completamente intemporal. Sem casais não há sociedade organizada que aguente. A solidão voluntária tem os seus custos sociais: acaba por levar à auto-destruição das comunidades humanas.
Mas o novo modelo de família acarretou um problema insanável, que tem vindo a corroer o que de (muito!) bom possa estar associado a estas soluções emergentes para a organização da conjugalidade. A diluição, o esbater de barreiras em relação aos domínios da intimidade, aquilo que é só nosso e que aceitamos partilhar com a outra pessoa, aquela que supostamente desejamos, queremos e amamos, não se acompanhou por um acréscimo de conhecimento. Não há valor acrescentado à proximidade (fácil!) dos corpos. Viver com alguém implica conhecê-la, dar-se conta do que sabemos dela, em quase tudo. Conhecer o que há de bom e assumir responsavelmente os defeitos.
Sem esse conhecimento prévio não devemos ter a veleidade de nos abalançarmos para um projecto de vida em comum. E , sobretudo, não temos o direito de incluir os filhos nessa aventura. Muitos casais falham porque não fizeram esse processo de mútuo conhecimento, que leva à aceitação incondicional e positiva do outro, da pessoa que está ali ao nosso lado. A tragédia é que ao descobrir que aquela pessoa não nos irá acompanhar durante muito tempo já reproduzimos os nossos genes e geramos um filho. E, neste aspecto, importa ressaltar igualmente o fracasso das estratégias convencionais de Planeamento Familiar. Dispomos de métodos seguros de contracepção, desde que usados como deve ser.
Infelizmente, são os filhos que pagam os juros da imaturidade dos pais…
Temos de ter saudades do futuro, sonhando, desejando que os casais serão mais atentos e responsáveis em relação ao Planeamento Familiar.
sábado, 17 de setembro de 2011
Paris, a escolha perfeita! LifeStyle Máxima.pt
Paris, a escolha perfeita!
Nem
todas as coisas têm de ter palavras a assiná-las. Ficamos assim perante a obra de Woody Allen.
Acaba de estrear mais um filme. Metodicamente, como um artesão, vai -nos oferecendo, quase todos os anos, a sua forma de olhar para os afectos e os relacionamentos.Tantas vezes repete as ideias e as mensagens, mas não deixa de nos encantar. É um Woody Allen pacificado, nostálgico e afectivo que temos em Meia-Noite em Paris. Mais uma vez apaixonado por uma cidade europeia, sem esquecer o seu alter-ego: Manhattan. Exímio no recurso às estrelas mais mediáticas. Neste como noutros filmes da fase europeia da sua carreira, Woody Allen reconciliou-se com as mulheres: a idade assim obriga?
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Redes para la Ciencia » Resultados de la búsqueda » lo que es una pareja
O cérebro dos homens é nove por cento maior que o das mulheres, cerca de cem gramas. Apesar dessa diferença de tamanho, ambos possuem o mesmo número de neurónios. E as mulheres possuem uma vantagem: elas possuem em média mais 30% de sinapses. Os homens utilizam apenas um lado do cérebro de cada vez ao realizar uma determinada tarefa, enquanto que as mulheres utilizam os dois ao mesmo tempo. E foi Deus que nos fez diferentes? A Ciência tem-se fartado de apregoar a existência de assimetrias entre os dois Géneros, apesar de muitos destes estudos terem uma metodologia discutível, as amostras são manifestamente pequenas e, nem sempre, passíveis de extrapolação para a população em geral... Habituámo-nos a conviver com a ideia que aquilo nos separa é mais importante do que aquilo que nos aproxima.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Porque berram os casais?
Os livros de auto-ajuda são o que são e o que quisermos fazer com eles. Assim, vale a pena levá-los a sério ou desprezá-los. Sou mais adepto do meio termo. No caso concreto de “Um casamento sem Gritos” de Hal Edward Runkel e Jenny Runkel, editado pela Pergaminho, estamos perante um texto de alguém com conhecimento de causa. Um casal de escritores e conferencistas, que, falam sobre a vida a dois não omitindo nada. E assumem uma grande verdade: “todos os casais passam por momentos difíceis, mas poucos casais crescem com esses momentos”. Leitura recomendada!
domingo, 11 de setembro de 2011
Definir o que é bom!
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Qual o conteúdo da Felicidade? A riqueza material, o sucesso profissional, o bom desempenho sexual, a compaixão?
É de difícil descrição, faltam-nos as palavras precisas, as definições inconfundíveis, mas sobra sempre uma CERTEZA: não podemos viver sem ela.
sábado, 10 de setembro de 2011
“Encontrar-se com um homem significa manter-se vigilante perante um enigma” (Lévinas, EDE 125).
Temos a triste mania de conotar o envelhecimento fisiológico com o declínio da memória. Até entre os doentes psiquiátricos a perda de memória é considerado como o sofrimento supremo, ninguém quer ter Alzheimer (uma doença da moda!).
Para além dos indivíduos, também as sociedades padecem de perda de memória. Nalguns casos, essa perda é intencional. Ao esquecer-se, ao não falar do assunto, é como se ele não tivesse existido. No fundo, apaga-se um pouco da História. José Estaline e os seus verdugos foram exímios nas “técnicas de supressão”: alguém que era eliminado de uma fotografia pública passava a não existir. Nunca tinha existido! Mesmo que durante longos anos tivesse participado nas reuniões do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética. O Planeta Terra move-se e os erros vão-se perpetuando, repetem-se impunemente, para mal das nossas (boas!) consciências...
A data “11 de Setembro” é um exemplo da demenciação que, por vezes, afecta o Homo Sapiens. Assim, a destruição das Torres Gémeas, com tudo de terrível que essa catástrofe representou para o mundo civilizado, não pode, não deve mutilar ou “apagar da fotografia” outros “11 de Setembro”. Como aquele que devastou um extraordinário país da América do Sul: o Chile!
• Chile, 11 de Setembro de 1973: Golpe de Estado, mata 30 mil.
• EUA, 11 de Setembro de 2001: atentado contra as Torres Gémeas mata quase 3 mil.
Dois atentados. Dois factos históricos diferentes. O do Chile foi cometido há 38 anos e anda meio esquecido. Vale a pena relembrá-lo. Em 11 de Setembro de 73, a mais sólida democracia da América do Sul sofreu um atentado que provocou uns 30 mil mortos no seu rasto.
O Chile foi vítima de um golpe militar, perpetrado pelos três ramos das Forças Armadas, com o objectivo de quebrar a esperança de se construir um país socialista pela via eleitoral. Esse golpe de estado abriu a porta a uma feroz ditadura, que nem pólvora, se propagou praticamente a todos os outros países latino-americanos. Ou seja, desencadeou um fenómeno de contaminação.
Um continente ficou amordaçado. Importa não esquecer!
O filme “Chove em Santiago” retrata esse “11 de Setembro”. Pode não constituir um icon da cultura cinematográfica. Mas até pelo lado enigmático do título, deverá ficar na nossa memória colectiva.
Sim, de verdade o cinema corresponde a um excelente meio de reabilitação cognitiva. Toca a ver filmes. Ver e a conversar sobre eles.
Para além dos indivíduos, também as sociedades padecem de perda de memória. Nalguns casos, essa perda é intencional. Ao esquecer-se, ao não falar do assunto, é como se ele não tivesse existido. No fundo, apaga-se um pouco da História. José Estaline e os seus verdugos foram exímios nas “técnicas de supressão”: alguém que era eliminado de uma fotografia pública passava a não existir. Nunca tinha existido! Mesmo que durante longos anos tivesse participado nas reuniões do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética. O Planeta Terra move-se e os erros vão-se perpetuando, repetem-se impunemente, para mal das nossas (boas!) consciências...
A data “11 de Setembro” é um exemplo da demenciação que, por vezes, afecta o Homo Sapiens. Assim, a destruição das Torres Gémeas, com tudo de terrível que essa catástrofe representou para o mundo civilizado, não pode, não deve mutilar ou “apagar da fotografia” outros “11 de Setembro”. Como aquele que devastou um extraordinário país da América do Sul: o Chile!
• Chile, 11 de Setembro de 1973: Golpe de Estado, mata 30 mil.
• EUA, 11 de Setembro de 2001: atentado contra as Torres Gémeas mata quase 3 mil.
Dois atentados. Dois factos históricos diferentes. O do Chile foi cometido há 38 anos e anda meio esquecido. Vale a pena relembrá-lo. Em 11 de Setembro de 73, a mais sólida democracia da América do Sul sofreu um atentado que provocou uns 30 mil mortos no seu rasto.
O Chile foi vítima de um golpe militar, perpetrado pelos três ramos das Forças Armadas, com o objectivo de quebrar a esperança de se construir um país socialista pela via eleitoral. Esse golpe de estado abriu a porta a uma feroz ditadura, que nem pólvora, se propagou praticamente a todos os outros países latino-americanos. Ou seja, desencadeou um fenómeno de contaminação.
Um continente ficou amordaçado. Importa não esquecer!
O filme “Chove em Santiago” retrata esse “11 de Setembro”. Pode não constituir um icon da cultura cinematográfica. Mas até pelo lado enigmático do título, deverá ficar na nossa memória colectiva.
Sim, de verdade o cinema corresponde a um excelente meio de reabilitação cognitiva. Toca a ver filmes. Ver e a conversar sobre eles.
"En mi patria hay un monte. En mi patria hay un río.
Ven conmigo.
La noche al monte sube. El hambre baja al río.
Ven conmigo.
Quiénes son los que sufren? No sé, pero son míos. Ven conmigo.
No sé, pero me llaman y me dicen «Sufrimos». Ven conmigo.
Y me dicen: «Tu pueblo, tu pueblo desdichado, entre el monte y el río, con hambre y con dolores, no quiere luchar solo, te está esperando, amigo.
Y me dicen: «Tu pueblo, tu pueblo desdichado, entre el monte y el río, con hambre y con dolores, no quiere luchar solo, te está esperando, amigo.
Oh tú, la que yo amo, pequeña, grano rojo de trigo, será dura la lucha, la
vida será dura, pero vendrás conmigo".
El Monte y El Rio - Pablo Neruda
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Medieval helpdesk with English subtitles
Há um espanto associado à descoberta de todas as coisas: neste caso de um livro impresso! Saborear esse primeiro contacto, as vivências iniciais, a volúpia dos sentidos, é das experiências que dá mais sentido à vida humana. O fascínio das pequenas coisas, do que é insignificante para a História da Humanidade mas extraordinário para a nossa pequena história. No fundo, momentos únicos de felicidade…
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Fast food: bad food!
Há uma discussão que está a atravessar a comunicação social. O Bastonário da Ordem dos Médicos fez uma dclaração pública. Está algo na forja?
Cuando Elena Anaya encontró a Almodóvar | GQ
Cuando Elena Anaya encontró a Almodóvar | GQ
Cada realizador tem as suas actrizes preferidas?
Cada realizador tem as suas actrizes preferidas?
domingo, 4 de setembro de 2011
Passeios para um casal ao fim de semana: Onde tratar do corpo e da mente!
Rentrée em beleza: Onde tratar do corpo e da mente!: Alguns dos melhores spas do país oferecem programas irresistíveis para depois das férias. Para uma rentrée plena de bem-estar! Ante-Título
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Edgar Morin e a combustão amorosa
Um
pensador. Intelectual e activista. É o pai da epistemologia da
Complexidade - termo oriundo da Cibernética.
Uma figura marcante da Cultura europeia dos últimos
40-50 anos.
Mas
não é propriamente um S. Freud, um Willy Pasini, um Boris Cirunylk, um
Francesco Alberoni. A sua obra não gravita, directa e indirectamente, em torno
dos temas relacionados com a Afectividade.
Entretanto, num dia, certamente muito virado para os prazeres dos sentidos, escreveu
o seguinte, com um elevado sentido de oportunidade:
“Não sou daqueles que têm uma carreira, mas dos que têm uma
vida (...) Passei ao largo dos amores, ainda que não tenha podido viver sem
amor: diria até que, sem alta combustão amorosa, eu não teria jamais tido
coragem de escrever La Méthode”. (MORIN, 1997, p. 9)
Prelúdio
de um beijo
As datas simbólicas fazem
parte da nossa vida e, como tal, fazem parte de nós. Aniversários e outros
acontecimentos, mais ou menos, festivos atrevem-se a quebrar as rotinas. Servem
para pôr o conta-quilómetros a zero. Obrigam-nos a parar, a tentar fazer algo
de diferente para que esse dia não seja considerado inútil. Em certa medida,
atentam contra a pasmaceira. O dia de hoje obriga-me a equacionar um desafio de
todos os casais: podemos viver sem Amor?
É uma frase
feita dizer: "O ser humano não pode viver sem amor. Sem amor, torna-se em
algo incompreensível para si mesmo." Ou, então, “o amor é o mais belo de
todos os sentimentos”.
Frases
feitas, batidas, desgastadas mas necessárias. Porque verdade seja dita, a vida
é como uma brisa inebriante, desvenda-nos tudo (basta estar atento!): paixões
amorosas ou outras, projectos profissionais, filhos, sonhos, bens materiais, luxos
(pequenos ou grandes), aventuras, etc. Mas há uma hora em que tudo se reduz a
terra, a cinza…
O que sobra?
Nisso Álvaro
de Campos tem razão:
“(...) Vi todas as coisas e
maravilhei-me de tudo,
Mas tudo
ou sobrou ou foi
pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os
pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse
querido
vivê-los e não conseguisse (...)”
Álvaro
de Campos
Malgrado as suas dificuldades, o Amor é a única
realidade humana necessária (necessidade básica, fundamental, fisiológica).
Insubstituível (ainda que haja quem afirme que: “os cemitérios estão cheios de
coisas insubstituíveis”!).
A sua manutenção num casal requer engenho e
arte. Tanto o esforço que muitos casais acabam por desistir. Deitam a toalha ao
chão e partem para o divórcio. Fartam-se de acrobacias, de cedências, de
diplomacias, de boas palavras, de olhares subtis.
O conhecimento científico traz-nos algumas
seguranças. Ajuda a eliminar o supérfluo, purga o que está a mais nas
superstições. Combate os erros das religiões. E em matéria de vida amorosa a
Ciência esclarece que nada nasce feito.
A Felicidade
a dois não é imediata, para ser tocada tem de ser conquistada, com suor e
lágrimas. É uma invenção quotidiana apimentada pela sexualidade e pelo sentido
de humor. Rir-se de si mesmo, rir-se do(a) outro(a), rir-se para o(a) outro(a)
e com o(a) outro(a). Rir-se sempre… Com sinceridade, lá do fundo do coração.
PS:
para perceber um pouco as influências da História nos conteúdos do sentimento
amoroso leia-se o curioso artigo: “The
warm water in my heart”—The meanings of love among the Finnish country
population in the second half of the 17th century”, publicado na revista History of the Family 16 (2011) 47–61
(disponível no site
www.sciencedirect.com).
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