quinta-feira, 31 de maio de 2012

Psst! Isto é um segredo (não digam a ninguém!)!

Imagem Google
 

Há um grande variedade de segredos. Desde os colectivos (é o caso dos segredos de Estado que revelam muito dos meandros do Poder!) aos pessoais. Há os públicos e os privados. Os segredos de alcova são os mais refinados, porque apelam à intimidade, o que diz respeito apenas às pessoas envolvidas. Por exemplo, os hábitos relacionados com os beijos no âmbito da relação conjugal. Quando é que um casal se deve beijar?
Existe a parcimónia do beijo matinal antes de sair de casa, o que se dá ao regressar do trabalho (nem sempre suculento), o beijo antes de adormecer (inebriado pelo cansaço e pela necessidade de despertar, em condições, no dia seguinte - malvado trabalho! -), o beijo dos festejos (que se dá em público, nos aniversários e outros eventos parecidos, um cliché...), o beijo de saudação (durante a missa!), o primeiro beijo do ano ao despedirmo-nos do ano velho, e por aí fora numa lista infindável de ocasiões...
Ele há coisas que não se compram nem se vendem: são inconfundíveis, únicas e originais. Não estão pré-programadas. Não obedecem a automatismos É caso do beijo com sentido de oportunidade. O contacto labial mais apetecível acontece sem motivo aparente e quando menos se espera. Dá-se naquele momento e pronto, apenas pelo gosto de beijar a pessoa desejada. É um beijo de ocasião, que ganha pela surpresa que provoca!
PS: este é um post de ANIVERSÁRIO. Há um ano atrás começou a aventura de conceber, escrever e trabalhar para tornar este Blog uma realidade viva. Ele passou a fazer parte de mim e nessa simbiose converteu-se num espaço de partilha: de ideias, de sensações, de comportamentos, de sinais...
Agradeço emocionado as 12763 visitas que recebeu em 12 meses, das quais 2034 no último mês. É gratificante saber que estes conteúdos chegam a tantas sinapses cerebrais. São uma espécie de semente, quem sabe?
Prometo esforçar-me para melhorar a qualidade dos posts, para seleccionar temas de actualidade, para praticar a interactividade com os leitores, para inflacionar a assertividade e o gosto pela vida (precisamos de Vitaminas de Felicidade!), permitindo que o “casal humano”, independementemente da estrutura de relacionamento, seja o ponto de partida para um Mundo Novo. 
Vénus e Marte, fresco do séc. I DC, Pompeia
   Um Mundo Novo baseado na igualdade entre os Géneros, na cooperação para a resolução de todos os problemas do quotidiano e na troca de afectos como veículo privilegiado para a comunicação entre as pessoas. Um Mundo que seja capaz de consignar na sua Carta Magna de Princípios o “namoro” como uma necessidade humana básica. Uma Utopia, talvez... Mas vale a pena experimentá-la!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Made in Portugal

"J N de 30 de Maio de 2012"

  

Perante o assinalável esforço levado a cabo na última década na qualificação académica da juventude portuguesa será que, por fim, estamos perante uma “revolução que deu em alguma coisa”, ou estaremos sempre em trânsito a caminho de um sonho adiado?
Os indicadores de saúde desvendam que Portugal é um dos melhores países do Mundo para se nascer. Em contrapartida, a UNICEF recentemente chamou a atenção que Portugal é um dos piores países da Europa para se viver a Infância. Quem sabe se estes “futuros líderes” (jovens turcos?) conseguirão proporcionar o ponto de equilíbrio de que o pais necessita!
(Vale a pena temperar a gosto e aguardar o que estes jovens nos reservam!)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Buxtehude Alleluia

   


Sem o estigma da música clássica chata, esta pequena peça leva-nos às estrelas e afaga-nos a alma.

domingo, 27 de maio de 2012

O que pensam "os manda chuva" deste Mundo


Em Istambul, uma data de "lideres mundiais" acaba de elaborar uma declaração conjunta sobre "Saúde Sexual e Reprodutiva"

Declaração em Público!

   
Proposta de casamento em público!
http://thelastpsychiatrist.com/images/attachment%20parenting.jpg


As irresponsabilidades parentais estão a produzir uma geração de crianças muito perturbadas, que acarretam imensos problemas no meio escolar. Há cada mais professores psicologicamente afectados, por não conseguirem ensinar nem exercer a sua autoridade... Vítimas das circunstâncias!

sábado, 26 de maio de 2012

Patinagem artística até ao fim...

     
De Ciência certa, a realidade revela que os casais já abandonaram a prática religiosa dominical (não interessa valorizar se é bom ou é mau, cada fará o seu juízo!). 
Ensina-nos a História que se depura o que é contingente através dos factos e da evidência. O que demonstram os factos é que os casais já não procuram as Igrejas para assumir o “matrimónio” nem, muito menos, para ir à missa dominical. Juntam-se e acabou!
E, diga-se em abono da verdade que o que acontece na missa dominical deixa muito a desejar! A começar pelos cânticos religiosos e pelos seus protagonistas.
Atente-se no exemplo em anexo!!!!!!!!!!!!
 O que incomoda na desarmonia desta voz (bem intencionada?) não tem a ver com a falta de dotes artísticos mas com o desamparo que lhe está subjacente. Intima o ser humano a descobrir a sua imperfeição.
Até a Fé dos Homens está rouca e desequilibrada...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ser anti-Carla Bruni


in: http://bloggers.com



“Tenho três filhos para criar e não vivo dos rendimentos. E não quero viver às custas do Estado” (Valérie Trierweiler, a nova primeira dama de França)

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    Palavras mágicas para quem não quer correr riscos emocionais? Ou o Poder seduz as mulheres de outra maneira?
Considerações pseudo-imaginárias sobre os tempos que correm!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Duas moscas e uma casa de banho

imagem Google





















De noite vai-se à casa de banho (prefiro o substantivo, banheiro: é mais carinhoso!) por razões fisiológicas. De manhã impõe-se um motivo mais prosaico: lavar o corpo para o despertar, sacudi-lo eliminando os restos do sono, e dessa limpeza resulta uma preocupação estética: preparar o que somos para ser apresentado em público ao longo do dia nos contactos que faremos na rua,  no emprego, nos transporte públicos e nas conversas com as pessoas conhecidas.
O banheiro é, depois da cama, o sítio em que o casal mais mistura o que é privado com o que queremos que os outros se apercebam.É uma narrativa que se desenrola em dois planos quase sobrepostos. Em certa medida, o banheiro reflecte o perfil de cada casal, o modo que eles se relacionam. Nele há um aforismo natural da vida de cada casal.
 Não é nas coisas extraordinárias e bizarras que se encontra a excelência de qualquer par humano. O que investe de especial importância a extraordinária crónica de Fernando Alves na TSF. Ela diz-nos do que não queremos para os nossos banheiros. Do modo como um banheiro pode retratar a condição humana.

sábado, 19 de maio de 2012

A minha cultura não interfere no meu casamento?

Matrimonios diferentes

Nalgumas pessoas o que herdaram através dos outros é um destino e torna-se numa fatalidade. São pessoas que abdicam da sua individualidade em nome do respeito das tradições, das normas vigentes, dos sagrados valores familiares, da educação que se teve e da cultura que os rodeia. Nelas as palavras não são poucas nem pequenas! Há pessoas em que a Cultura Familiar (o que foi imposto porque funciona como um Super-Ego!) mais do que um fator de libertação é vivida como um pesada responsabilidade...
Nesses casos, até que ponto é possível ser feliz no meio de tantas contradições, sabendo que é relevante o que lhes ensinaram sobre como organizar a vida conjugal? 
Se não for capaz de incorporar a FELICIDADE na minha existência, toda a mediocridade será redimida e ganhará força de lei!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ser pai, uma oportunidade da Natureza

“Last-chance kids”: A good deal for older parents—but what about the children? —
Com as pressões da vida dos adultos tendemos a adiar as responsabilidades e o desejo natural de assumir a procriação. Ter um filho e ser pai (ou mãe!) dá mais força aquilo que somos enquanto Pessoas...
Entretanto, tentar enganar a Natureza tem os seus custos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Deixar ou não deixar: é a questão?


   

  Na sequência de uma abstinência sexual prolongada (o que é prolongado?) acaba-se a relação conjugal? Não há nada a fazer?!
  Pulam de alegria os puritanos, ditos pós-modernos, afirmando, com toda a segurança das suas fracas experiências, que não há alternativa possível. Mas será que tanta certeza resolve o problema daquelas duas pessoas?
   Como é que a "normalidade" se compatibiliza com o bem-estar? 
  

... as ideias feitas e chatas

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As palavras valem o que valem mas algumas ganham força de lei e pretendem passar por verdades absolutas. Há uns dias um jornal diário afirmava, em jeito de cabeçalho, na última página:“os homens casam-se por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem” Oscar Wilde (1854-1900). Não é explicado o contexto. Desconhemos se corresponde a uma opinião ou a uma expressão ficcionada. Mas dá para pensar: serão todos os homens assim? Podemos encaixar todas as mulheres neste modelo de comportamento? Não há bela sem senão: invariavelmente todos os casamentos acabarão por se esgotarem? Haverá uma força inata que comanda as pessoas e as obrigar a reagir como marionetas? É tudo Natureza? Onde é que fica a educação e aquilo que resulta da experiêcia individual?
Com a naturalidade das crianças vale pena apregoar o lado bom da vida e combater a cultura da lamentação.  Um toque da alma para eliminar as ideias feitas e chatas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Para quem gosta de olhar a partir da ponta do nariz



- De minha casa não se avista Hollywood. Talvez, porque uns podem voar e outros não...
- Na minha terra não me ensinaram a dizer: "I love you". Havia que considerasse que beijar era demasiado lamechas. Quando muito sou capaz de guardar um beijo na palma das mãos… Hermético, ele confunde-se com a pele húmida de cada tarde de Verão. Talvez, por isso, presumo que pertenço a uma comunidade muito vasta: a dos pacíficos revoltados. Sem destino, as nossas emoções acabam por ficar contidas dentro de corpos pouco expressivos. Ao distribuir palavras aqui e acolá, a este e àquele, bem tento dar voz às emoções mas elas não saem, recusam-se a saltar cá para fora, não ganham visibilidade, de tanto recalcamento.
- Só lamentos! Só queixas! Só corações despedaçados!
- Há quem se esconda no regaço de cada mágoa. É a sua zona de conforto!
- Nas palavras está o que é óbvio e o que é… As primeiras são dignas de um artista e as outras a possibilidade de existir.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dos fracos não reza a História das famílias




   A procissão ainda vai no adro mas, este ano, primavera fez-lhe muitos estragos na saúde. Para além da rinite alérgica, já habitual, a sua depressão atacou mais forte do que nunca. Não tanto por causa da tristeza e daquela choradeira inexplicável que repetidamente se apodera da sua pessoa e a desconsola lá no fundo de si mesma, mas porque o seu corpo deixou de funcionar. Sente-se fraca, não tem forças para nada. Até lhe custa falar. E mete-se à cama…
    Quando ganha uma réstia de coragem e consegue sair de casa para ir comprar o pão ou fazer qualquer outra compra ocasional, quase sempre esse comportamento, supostamente banal, provoca reacções algo violentas por parte do marido e da filha. Não aceitam que seja capaz de ir à rua e não arrume a casa e prepare as refeições. Alegam que a doença é só preguiça (o que revela o seu mau carácter!). E, num lampejo de maldade, atiram-lhe à cara:
   - O que gostas é de dar água sem caneco…

Moral da história: ninguém pode ser aquilo não é?

PS:
 felizmente a internet já começa a fornecer algumas informações preciosas sobre como as famílias podem conviver e ajudar alguém que padece de depressão. Eis alguns links:




sábado, 5 de maio de 2012

Carnal e Ilusão





Definição de Amor:

"Nós não podemos amar, filho. O amor é a mais carnal das ilusões. Amar é possuir, escuta. E o que possui quem ama? O corpo? Para o possuir seria preciso tornar nossa a sua matéria, comê-lo, incluí-lo em nós... E essa impossibilidade seria temporária, porque o nosso próprio corpo passa e se transforma, porque nós não possuímos o nosso corpo (possuímos apenas a nossa sensação dele), e porque, uma vez possuído esse corpo amado, tornar-se-ia nosso, dei­xaria de ser outro, e o amor, por isso, com o desaparecimento do outro ente, desapareceria...
Possuímos a alma? — ouve-me em silêncio — Nós não a possuímos. Nem a nossa alma é nossa sequer. Como, de resto, possuir uma alma? Entre alma e alma há o abismo de serem almas."
Extracto:
Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.I. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982. - 279.

O Voo picado do zangão

O jeito de um velho destaca-se à distância, tal a sua previsibilidade. Não tem nada de enganar: é isso mesmo, oferece o que é, um corpo desgastado pela idade e, na maioria dos casos, também pelas várias doenças que o apoquentam. Mas estar velho não é só isso!
Já agora, reflicta-se um pouco sobre os conceitos correntes em torno do envelhecimento.
É preferível o substantivo “velho” a qualquer outro qualificativo para alguém com mais de 65 anos. Idoso ou sénior correspondem a versões softs de uma mesma realidade. Estar velho não tem nada de mal.  Mas as pessoas fogem de confrontar-se com os avanços fisiológicos. Daí que o vocábulo tenha adquirido conotações negativas.          
Admita-se que muitos nós, a partir de certa altura, só pensam no óbvio:
   -...Quando acordei, eu estava lá. Afinal, ainda não foi desta, enganei mais uma vez o comboio do destino.
   - A erosão do tempo é inevitável, nada a fazer, temos de aceitar.    Que remédio, é a vida...
  - Mas aí mais do que estar velho, por força da idade, o que aconteceu é que viraste a velho, alguém que já não espera nada da vida e aceita o som da solidão...
   - Quase sempre o indivíduo é o seu maior problema!
In:dn.pt
A ser verdade esta conclusão ganha interesse a magnifica entrevista que o cantor e autor Paulo de Carvalho deu à Revista Notícias Magazine (nº 1040, de 29 de Abril de 2012). À beira do rescaldo de uma carreira de 50 anos, mas imbuído de muitas ideias e projectos, aquele que foi a voz e a senha da Revolução dos Cravos e conquistador de muitos corações (leva 5 casamentos na sua conta!), falou como um homem que já não se preocupa muito com o dele dizem, não se define como saudosista, pois, sempre esteve mais preocupado com o que vai fazer, e que descreve o sucesso da satisfação conjugal pela capacidade dos intervenientes (sobretudo, o lado masculino da relação) falarem das suas emoções e procurarem não serem tão parecidos com os seus pais.

  - Ser velho é nunca perder o futuro de vista. Sem amargura, tranquilo e não conformado...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O nosso lado bom!

In: tumblr


   A revista "Journal of Social and Personal Relationships" acaba de publicar um trabalho interessante em que analisa o impacto dos Traços de personalidade na satisfação marital nos relacionamentos de longa duração.

  Trata-se de um artigo que descreve um estudo que envolveu 125 casais heterossexuais casados de longa data.   
  Foram examinados os traços de personalidade dos cônjuges e avaliadas as diferenças de personalidade  nas percepções dos parceiros como preditores da satisfação conjugal. 

Veja-se:
    Os resultados revelam que mais do que o famoso neuroticismo o que determina a satisfação conjugal tem a ver com a extroversão, a abertura à experiência, a amabilidade e a conscienciosidade.
   Para descanso das nossas almas amarguradas, conclui-se  que é o nosso lado bom quem influencia a felicidade das relações amorosas e não tanto a sobrecarga negativa que vamos transportando ao longo da vida. Haja esperança num mundo melhor!

Ler mais em:  
   Amy Claxton, Norm O’Rourke, JuliAnna Z. Smith,  and Anita DeLongis. Personality traits and marital satisfaction within enduring relationships: An intra-couple discrepancy approach. Journal of Social and Personal Relationships May 2012 29: 375-396, doi:10.1177/0265407511431183

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dopamina e Prazer


 
Afinal o prazer não está associado ao neurotransmissor "Dopamina".
 Robert Sapolsky, professor de biologia e neurologia de Stanford, compararou o funcionamento do corpo de macacos e dos seus primos: os humanos e descobriu que a dopamina não é responsável pelo aparecimento do prazer, mas sim pelo trabalho que antecede essa sensação gratificante. Está ligada à expectativa de sentir prazer, à incerteza da recompensa.