quarta-feira, 25 de abril de 2012

Portugal é um mulher bonita de 38 anos

A som da Marcha Turca surge uma pergunta de algibeira.
Sobre o medo da intimidade é possível afirmar que:
a)    Nalgumas pessoas, deriva de problemas psíquicos recentes;
b)        É explicado com base no Complexo de Édipo;
c)  Provoca Disfunção Sexual apenas através da conflituidade conjugal;
d)      Explica a existência de um sentimento de perda da atracção sexual;
e)        Nenhuma das anteriores.

Quem acertar recebe um doce! E, talvez, compreenda a essência do dia de hoje!

Por entre as brumas da memória, dedico este post a alguém que nos deixou, de seu nome Miguel Portas, que sob o manto diáfano da retórica inflamada, tantas vezes forçada, de quem encara a actividade pública como um exercício de estilo e um espaço para a afirmação de profundas convicções e não tanto como um modo de estar nas relações interpessoais. Nele as palavras encobriam um ser humano inconfundível, para a sua geração. 

Hoje, dia da Revolução dos Cravos, a sra da peixaria de um hipermercado disse algo do fundo de si mesma: “Haja trabalhinho” - uma extraordinária frase, impregnada de resignação e de um certo cheiro a desespero mal camuflado, que anda na boca de tanta gente, pessoas que já nada esperam da vida a não ser um trabalho (porque ter emprego é mais complicado!) e alguma saúde para ir andando...
Dos 3Ds da Revolução de Abril: “Descolonizar, Democratizar, Desenvolver” falta cumprir, sobretudo, o terceiro D: Desenvolver! Um conceito que, para ganhar fôlego, precisa de ultrapassar os critérios financeiros que hoje em dia sufocam a vida colectiva. Precisa, por exemplo, de estar presente em políticas coerentes para defender as famílias, organizando os horários de trabalho de forma a que as pessoas possam estar juntas ao fim do dia, encontrar-se em casa, partilhar uma refeição e conviver. Afinal, a felicidade está presente nas pequenas coisas…



Sem comentários:

Enviar um comentário