quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dos fracos não reza a História das famílias




   A procissão ainda vai no adro mas, este ano, primavera fez-lhe muitos estragos na saúde. Para além da rinite alérgica, já habitual, a sua depressão atacou mais forte do que nunca. Não tanto por causa da tristeza e daquela choradeira inexplicável que repetidamente se apodera da sua pessoa e a desconsola lá no fundo de si mesma, mas porque o seu corpo deixou de funcionar. Sente-se fraca, não tem forças para nada. Até lhe custa falar. E mete-se à cama…
    Quando ganha uma réstia de coragem e consegue sair de casa para ir comprar o pão ou fazer qualquer outra compra ocasional, quase sempre esse comportamento, supostamente banal, provoca reacções algo violentas por parte do marido e da filha. Não aceitam que seja capaz de ir à rua e não arrume a casa e prepare as refeições. Alegam que a doença é só preguiça (o que revela o seu mau carácter!). E, num lampejo de maldade, atiram-lhe à cara:
   - O que gostas é de dar água sem caneco…

Moral da história: ninguém pode ser aquilo não é?

PS:
 felizmente a internet já começa a fornecer algumas informações preciosas sobre como as famílias podem conviver e ajudar alguém que padece de depressão. Eis alguns links:




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