quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Esplendor na Relva: viva a doença mental!


Pessoas frágeis forçam o aparecimento de casais disfuncionais e infelizes? Nem sempre, mas o risco existe, acaba por ser inevitável. Sobretudo, quando o stress exterior ao casal desaba sobre a estrutura familiar ou se um ou os dois membros do casal transportam consigo uma elevada sobrecarga psicopatológica. E, nalgumas circunstâncias os dois factores de risco (o externo e o interno) coexistem. Quando tal acontece, temos um verdadeiro “caldo de cultura” para a infelicidade daquele casal. Um autêntico esplendor na relva que favorece o despoletar da doença mental!
O que acaba por ser altamente mórbido tem a ver com a persistência dessa fragilidade, acumulada com os anos. Ninguém faz nada para mudar nada: até parece que as técnicas de Desenvolvimento Pessoal não merecem ser postas à prova. Quanto mais intrinsecamente antiga, mais irredutível se apresenta a dificuldade. Está-se mesmo a ver que aquilo vai dar para o torto. As pessoas teimam em repetir os mesmos erros. As armas são conhecidas: os caprichos, os amuos, as lutas de poder, as agressões verbais, a choradeira apelativa, o papel de vítima. A culpa é sempre do(a) outro(a)!
Por detrás do mal-estar individual podemos encontrar o medo. Sem uma justa medida, instala-se o medo de ser abandonado ou de ser atraiçoado...O medo de não estar à altura das exigências dele ou dela. De não o (ou a...) conseguir satisfazer. O medo de ficar dependente. O medo de perder poder.
Até que ponto os nossos medos são influenciados pelo Género? Homens e mulheres reagem de forma distinta? Dito de outro modo, mais tendencioso: perante uma situação exigente os homens irritam-se e as mulheres assustam-se? EFear is a matriarchy; fear is passed down through mothers”? Um post de um dos Blogs da revista Psychology Today (http://www.psychologytoday.com/node/74901: Are Women's Fears Different from Men's Fears?) ajuda-nos a reflectir sobre esta disparidade. 
PS: o Verão vai-se embora, custa acreditar... Ao de leve, foi prolongando a sua presença no mês de Setembro. Encantou e mostrou que há Esperança para além da Troika! Basta acreditar e transformar alguns dos (pequenos) gestos do quotidiano, aqueles gestos simples que fomos capazes de descobrir na arte do Mestre Júlio Resende que hoje se despediu da vida... Bem haja pela sua obra!

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