quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Palavras bem intencionadas....

-Vá lá, vê se não ligas tanto ao que te dizem. Não fiques incomodada por te contrariarem sempre que tentas pensar pela tua cabeça.
-Porque diz isso? Acha que não tenho vontade própria, que sou fraca?
-Não penses assim! (Esta mania das inferências, dá jeito tirar partido das palavras dos outros a nosso belo prazer).
- Eu levo-me mesmo a sério.
E nisto o seu olhar tornou-se acutilante, num arremesso de vontade, só para mostrar que existe.
- Não é a mim que tens de convencer.
- Mete-me impressão o que pensam acerca do que faço, quase sempre com a melhor das intenções. Esforço-me tanto por agradar aos outros. Quero tanto que eles estejam felizes. A minha família não me merece.
- As palavras de crítica são capazes de nos tocar a alma para a estilhaçar. E o mal é que elas metem-se na cabeça e não nos largam mais. São como as crianças mimadas, absorvem toda a nossa atenção, num estado de alerta permanente.
- Quando casei os carinhos que tive foi a porrada. Ao beber sentia-me bem, o álcool matava a dor, esbalhava a cabeça, e agora que já não bebo não me deixam ser feliz à minha maneira…
- Sabes, só as pedras não mudam de lugar, precisam de ser empurradas.

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